domingo, 7 de fevereiro de 2010

Concepções de mundo ditam comportamentos?

Vendo Discovery Channel, esses dias, me apareceu o seguinte questionamento: A religião ou concepção de mundo, pode alterar o modo de lidar com o mundo?

Pelo que vejo, sim, e se torna muito claro quando comparamos: monoteísmo, politeísmo e ciência.

A visão de "deus perfeito" que dita comportamentos perfeitos, do monoteísmo, acaba reforçando que se comportar de maneira X é certo, de maneira Y é errado, e mais que isso, o "diferente", principalmente quando se fala de aparência ou opção sexual, acaba sendo jogado na sarjeta. Coisa que não ocorre muitas vezes no politeísmo, onde o diferente é respeitado e até cultuado, as aparências não tem um "normal", o "normal" é a diversidade. Isso talvez pelas diferentes formas "não-humanas" que povoam as divindades.
A ciência, apesar de não ser impositiva, ou seja, não impõe valores, e tenta ao maximo ser descritiva da realidade, acaba, como consequência, gerando interpretações. Interpretações essas que geram um conceito de normalidade muito específico. A ciência, ao descobrir que ha alterações no cérebro de uma pessoa hiperativa, está descrevendo essa alteração, o problema se dá quando alguém interpreta que isso é errado, e quem tem isso é "anormal" e precisa ser tratado com medicamentos de controle químico, sem discriminar a real necessidade de uma intervenção deste tipo, dando um rótulo e criando uma exigência de mercado automaticamente.

Tudo isso pra dizer que... um rapaz, com uma doença desconhecida na Índia, é tratado na cidade como uma aberração, e no interior, como um enviado divino. Pois é... quem está mais certo neste caso? Nem tudo que é adaptativo é justo, certo?

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