terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

O início

Venho por meio deste blog iniciar uma conduta que espero que todo estudante tenha, desde já, aliás, desde ontem.

A motivação deste blog se dá por um motivo básico e digamos irritante: Papagaios.

Papagaios tem um comportamento interessante, eles são fofinhos, bonitinhos, e além disso, tem uma capacidade incrível de imitar. É algo admirável como eles conseguem reproduzir um som, de outro ser, com muita equivalência. Esses Papagaios, fofinhos, bonitinhos, tem seu correlato na faculdade, e é destes que pretendo formular uma crítica neste primeiro post.

Você que é behaviorista (olá caros amigos :) ), por favor, ignore os detalhes e o palavreado meio mentalista em alguns momentos, pois o intuito deste blog não é ser beheca, mas de alguma forma, elucidativo e claro.

Pois bem...
Me intrigo com alguns fatos... acredito eu que todo estudante de psicologia deveria ser antes de tudo um cientista, e aliás, saber o que é de fato a ciência, coisa que não vejo muito na academia. Nota-se um inteligentismo "falso", onde o importante é mostrar que se sabe, mostrar que tem conhecimento, com frases iniciadas com "eu sei...", "eu li..", "eu vi em tal lugar", "me contaram..." entre outras frases, que, são de fato ... inúteis.

Questionar, pessoas, faz bem, se um professor fala para ti "isto é ciência" e você "aceita", parabéns, seja mais um papagaio. Pesquisar NO MÍNIMO se aquilo é realmente ciência, e qual a validade real de tal conhecimento não é um esforço a mais, é um esforço necessário! Dizem: "ah, nao tenho tempo de fazer isso", quando na verdade, isso não precisa de "tempo", isso é algo que deveria ser automático, até por quê, questionando o texto é que você tende a entendê-lo de forma mais adequada.

Vejamos exemplos práticos.

TDAH... o famoso Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade...

Eu tenho profundas críticas à qualquer um que falar que é um "distúrbio neurológico"... pois, esse fato não explica o comportamento. Que é um distúrbio neurológico isso é óbvio, observável, científicamente comprovado, afinal você vê a alteração ali na imagem, certo? mas.. isso significa dizer que é o distúrbio quem causa o comportamento? resposta: NÃO. Isso só indica que o cerebro está se comportando de X maneira quando o comportamento X acontece, visto que ambos, apesar de serem contíguos, são respostas e são correlacionados, um invariávelmente não ocorre sem o outro. Então não é o distúrbio que causa o comportamento, o disturbio em si é comportamento também, ocasionado por: erro genético, ou, adaptação do organismo ao ambiente. Um exemplo para se entender esse raciocínio é o seguinte:
Levante o braço. Percebeu que, antes de você chegar a altura necessária em que você considera "levantado" você passou por varias outras alturas antes? Seria possível você levantar o braço até o topo da cabeça, sem ter passado pelas alturas do peito, do ombro e da boca? não. O organismo funciona praticamente da mesma maneira, ele precisa passar por algumas coisas antes de chegar a um final. MAS TODAS essas "coisas" são considerados o mesmo: comportamento.

Outra coisa com a que me deparei hoje foi a "deficiência mental leve" e "como perceber isso numa entrevista de emprego"...

Pessoas, diagnosticar alguem com "deficiencia mental leve" é buscar uma exigência de mercado muito, mas muito limitativa. Dá para notar que "atraso mental..." é nada mais do que um "rótulo" criado pra identificar algo como a "capacidade e/ou velocidade de aprendizagem" ?
E percebe-se automaticamente a necessidade de um "comportamento ideal", ou seja, um ser humano dentro de padrões que de fato servem pra selecionar os mais aptos, mas também, para colocar na sarjeta os que não tiveram as contingências necessárias e, assim, os comportamentos necessários para serem os escolhidos. Hipócrita, não?

Como psicólogo será realmente importante dar esses rótulos a seus pacientes? Não é muito mais interessante, quando não é uma doença genética, ou com agente patogenico reconhecido, simplesmente partir do repertório atual de comportamentos e daí sim, partir para outros mais complexos? Qual a importância de um rótulo neste caso?... Qual a importância de dar o nome TDAH, Fobia, TOC?
Deixo isso para pensar :)

Acho que por hoje está bom. em breve mais :)

Abraços

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