sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Uma crítica a Psicanálise.

Pretendo neste post, deixar claras algumas posições que tenho perante a Psicanálise.

A Psicanálise veio, através de Freud, colocar na sociedade algumas questões totalmente pertinentes em relação ao comportamento humano. Freud teve idéias brilhantes e irei citar aqui alguns destes aspectos que considero principais.
O primeiro aspecto foi levantar a questão da sexualidade, e mais precisamente do prazer, e como este prazer está presente em nós desde nossa nascença, nas mais variadas interações familiares. E com esse prazer, também há, claramente, a decepção de não obter este prazer, e suas implicações no desenvolvimento humano.
O segundo aspecto, é a idéia de super-ego, principalmente se considerarmos que o super-ego nada mais é que a moral do indivíduo, ou moral da sociedade, ou regras. A importância dada a este conceito é clara até hoje em muitas teorias pós-freudianas, e, até abordagens externalistas entendem a influência de uma moral no comportamento humano.

A crítica que tenho à Freud foi seu método. Apesar de sua genialidade em identificar variáveis que possam exercer controle no comportamento, sua abordagem não foi nada científica, faltando evidências e experimentações concretas para comprovar suas afirmações. Outra crítica é o excesso de ficções didáticas, que variaram demais em toda sua obra, causando confusão a todos os estudantes iniciantes e dando a entender para tais, que inconsciente, por exemplo, é uma entidade, e não um conceito. Freud falhou pelo fato de não ter evidências concretas de como a moral, o prazer, as experiências vividas, as lembranças, entre outras variáveis, afetam de fato o comportamento do indivíduo, assim como falhou em demonstrar em como a fala pode curar, ou em como uma associação livre, pode, de fato, causar melhoras significativas na saúde de um indivíduo. Suas suposições, infelizmente, são tratadas como verdades incontestáveis, que de fato, parecem ser dogmas para seus seguidores, coisa que o próprio Freud abominaria, gerando uma consequência muito mais perigosa: a imutabilidade da prática.

Um comentário:

  1. Bacana demais!

    Eu acrescentaria alguns elogios e algumas críticas, mas no geral é por aí mesmo.

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